Monday, May 10, 2010

NÃO É FALAR MAL, MAS ASSIM NÃO VAMOS LÁ.

Por: Nhapulo


Durante a última semana do mês de Abril do presente ano, fomos presentados com uma daquelas coisas que ninguém com uma diligência mediana conseguiria entender, senão com muito esforço e dedicação porque o fenónemo em causa, provoca as mais diversas reacções por parte do pacato cidadão, o chamado trabalhador.

O Conselho de Ministros aprovou o pacote do salário mínimo para o presente ano para os mais diversos sectores de actividades, que segundo as organizações sindicais ainda contínua muito abaixo da realidade do país, o que é de louvar, mas logo de seguida aprovou o agravamento da subida dos preços dos combustíveis que como todos sabemos representa a base para o funcionamento de quase tudo neste país, e de certa forma influencia a subida galopante dos produtos de primeira necessidade.

Agora o António na qualidade de pacato cidadão pergunta: Qual será de facto o real impacto do meu novo salário minímo nas minhas contas do mês? Será que o meu novo salário irá cobrir as minhas despesas? Será que até ao fim do mês irei poder poupar algum para depositar no banco?

Acho que a pergunta acima efectuada e feita por todos nós trabalhadores e deixa espaço para as mais diversas respostas e interpretações, pois segundo o António o novo salário não terá impacto nenhum, senão agravar a sua já complicada situação.

Para bom entendedor meia palavra basta diz o ditado, pois não cabe na cabeça de ninguém que aquando do aumento do salário mínimo que não suporta nem metade das nossas despesas mais importantes, também proceda – se o aumento dos preços do combustível, salvo se for por pura falta de bom senso.

O trabalhador nem sequer viu ainda a cor do dinheiro do novo salário, mas quando o ver, terá de suportar os custos dos produtos de primeira necessidade e outros do dia à dia a um valor bem mais elevado que o anterior.

Não é falar mal, mas assim não vamos lá, temos de ser mais ponderados nas nossas decisões ainda que a vertente internacional, a moeda estrangeira (dólar) e o preço do barril de petróleo estejam a sofrer reajustes todos os dias, mas a nossa realidade mostra que assim não vamos lá, e iremos contribuir ainda mais para o agravamento do fosso, entre os miseros, pobres, medianos e os chamados “ricos”.

Sabemos que o país tem os seus compromissos externos por cumprir, mas antes da tomada das decisões nucleares para o pais e que fazem – se sentir e como no bolso do pacato cidadão, pensemos mais naqueles que não têm nada para comer, não têm perspectivas de estudar, não têm perspectivas de conseguir um emprego, não têm condições de pagar um bom médico para tratar da sua saúde, não têm perspectivas de sair da pobreza absoluta em que estão, porque as condições do mercado são agressivas demais.

Qualquer nação deve antes de tudo garantir aos seus cidadãos, coisas básicas como comida no prato, educação, saúde e uma fonte de sustento para combater todos os outros males sociais, tais como a criminalidade, as doenças, o analfabetismo etc.

O nosso país caminha num bom sentido, mas por vezes aparecem alguns empatas que fazem de tudo para meter água de tal forma que o pacato cidadão saia sempre a perder.

Digo e afirmo, não faz sentido aumentar o salário mínimo e no mesmo dia agravar o preço dos combustíveis, sabendo o efeito que isso cria na economia do país e no bolso do cidadão.